sábado, 3 de dezembro de 2011

Acorde Mi


Fátima estava concentrada no árduo trabalho diário. Poucas vezes entrava na sala de brinquedos do filho, um garotinho de 5 anos,  pois tudo corria bem. Pelo excesso de tarefas não percebeu o som que vinha de dentro. Já era tarde  quando foi  despertada por um grito:
“- Mi acode!” Correu a mãe apavorada em direção à criança  temendo o pior. Ao se deparar com a cena,  viu  os dedinhos delicados sobre as cordas de um violão e um olhar admirado: - Olha mamãe,  descobri o MI ACODE! Fátima desejou  em seu coração  para sempre aquele tipo de surpresa.

Dísponível em: http://www.gcn.net.br/noticias/letras.php?codigo=152351&acao=1&data=

Interrogar

Não há ponto de interrogação que me faça duvidar o quanto é importante descobrir-se diariamente, mesmo ainda que para isso seja necessário alguns suspiros, lágrimas e uma vela acessa.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

escrevo

Escrevo

Escrevo           com olhos de criança
                        Com a ambição de ser poeta
                        Para dizer coisas que nos interessa
                        Para acalmar a minha pressa

Escrevo           em busca de ritmo e emoção
                        Deixando aberto o coração
                        Para com as palavras poder brincar
                        Para nunca você se afastar

Escrevo           sempre ao final do dia
                        Com tristeza ou alegria
                        Para evitar pensamentos maldosos
                        Para aniquilar os invejosos

Escrevo           demasiadamente
                        Compulsivamente

Escrevo           para sempre persistir
                        Para vida sempre fluir
                        Como se pudesse pintar um quadro
                        Como quem posa para o retrato

Escrevo           aliviando tensões
                        Expressando confissões
                        Como quem aprecia o caramelo
                        E depois saí com um sorriso amarelo

Escrevo           para tudo melhorar
                        Mesmo quando quero brigar
                        Com esperança e devoção
                        Mesmo sem nenhuma vocação

Escrevo           constantemente
                        Desesperadamente

Escrevo           visando nem sempre a verdade
                        Mas com tamanha lealdade
                        Tentando enganar a dor
                        Singelamente...com amor

Escrevo           com olhos de criança
                        Deixando a porta aberta
                        Mesmo perdendo a dança
                        Mas com a alma de poeta


             


Escrevo

Escrevo           com olhos de criança
                        Com a ambição de ser poeta
                        Para dizer coisas que  interessa
                        Para acalmar a minha pressa

Escrevo           em busca de ritmo e emoção
                        Deixando aberto o coração
                        Para com as palavras poder brincar
                        Para nunca meu eu  se afastar

Escrevo           sempre ao final de um dia
                        De tristezas ou alegria
                        Para evitar pensamentos maldosos
                        Para aniquilar os invejosos

Escrevo           demasiadamente
                        Compulsivamente

Escrevo           para sempre persistir
                        Para vida sempre fluir
                        Como se pudesse pintar um quadro
                        Como quem posa para o retrato

Escrevo           aliviando tensões
                        Expressando confissões
                        Como quem aprecia o caramelo
                        E depois saí com um sorriso amarelo

Escrevo           para tudo melhorar
                        Mesmo quando quero brigar
                        Com esperança e devoção
                        Mesmo sem nenhuma vocação

Escrevo           constantemente
                        Desesperadamente

Escrevo           visando nem sempre a verdade
                        Mas com tamanha lealdade
                        Tentando enganar a dor
                        Singelamente...com amor

Escrevo           com olhos de criança
                        Deixando a porta aberta
                        Mesmo perdendo a dança
                        Mas com a alma de poeta


             

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Minha reflexão sobre Finados

Finados? Recordação somente dos entes queridos?

Tanta gente morta por aí...
Muitas pessoas estão mortas e não se deram conta disto. Mortas por dento. Mortos para si mesmos. Mortos para a vida. Não sabem dar um sorriso gratuitamente, não conseguem pedir perdão, não conseguem perdoar a si próprios.
Reclamam de tudo, da família, dos amigos, da falta de amigos, do salário, do governo, do vizinho, do tempo e da falte de tempo, do corpo, da mente, da falta de expectativa, da inflação, dos juros altos, resmungam toda hora. Só não conseguem agradecer, por nada nem por tudo.
 E já outras que partiram... impressionante, continuam vivas!
 Nas doces lembranças, nos objetos que deixaram, nas plantas que semearam, nos frutos que colheram e principalmente nos exemplos oferecidos e nas palavras proferidas, de amor, ternura e caridade.

Sim senhores, pessoas são sim eternizadas!



sábado, 29 de outubro de 2011

Pontuação


Na nossa meninice, interrogação?

Dos ares da inquietude, tudo exclamação!

De encontro com a maturidade, dois pontos: ponderação

A cada nova passagem: — olhe o travessão

Na espera após a lápide fria ...reticências...

Publicada em 29/10/2011
Nossas Letras
GCN Comunicação!
http://www.gcn.net.br/

sábado, 22 de outubro de 2011

Prisões

Travou
Pensamentos bloqueados
Percepção arruinada
Dedos calejados
Correntes aos pés
Algemas nas mãos
Óculos escuros
Cabeça baixa
Vontade de gritar
Enfiar-se em um buraco
Em uma capela
Qualquer lugar de proteção
Menos na prisão
Que escraviza a coragem
Que abafa a fala
Apaga as palavras
Que deveriam ser ditas...
Mas estão adormecidas no chão

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Inspirar

Fechar os olhos
Não pensar em mais nada
perceber a dimensão de um corpo
entender que ele pode ir a lugares inusitados
transcender as muralhas cotidianas e impostas
sublime poder da criação

Respirar fundo
sentir o pulsar do sangue nas veias
deixar para tras o alcançavel
empenhar-se em aventurasinusitadas
Voejar na imaginação

Encontrar
em meios labirinticos, tortuosos
saber a posição em qualquer ponto
deixar velhas promessas enigmaticas
sorrir para algo esperançoso
súplica e emoção

Inspirar-se
dispor sensações naturais
sentir a temperatura subir
não permitir que a chama apague
ter a certeza que é necessario proseguir
sonhar com o coração



domingo, 16 de outubro de 2011

Uma poesia publicada...

Poesia disponivel em http://www.camarabrasileiradejovensescritores.com.br/ 
 
Antologia on line


Ela



Contanto que eu não me perca
Que eu não me apavore
Que o medo não incorpore
Que não deixe meu mundo amargar
Contanto que não faça chorar
Que não tente me sufocar
Que não permita engasgar
Palavras afrouxadas a frasear

Contanto que não seja fria
E que se esqueça da agonia
E que se vale da torcida
Para a tempestade não entrar

Contudo, coberto em um balaio,
Enquadrado,
Palhado e fechado,
Embrulho dobrado em cetim

Contudo por dentro,
Sem nenhum remendo
Um olhar atento, sem veneno
Para a forma e sépia de um retrato calado,
De uma vida que já teve um fim.
 
 
Publicado na Edição 2010 da Antologia "Plenitude - Versos de Encantamento" - Julho / 2010

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Artiloka: Barco de Papel

Artiloka: Barco de Papel: Uma refleão sobre o tempo... Barco de Papel Segue pela corrente das águas límpidas do pequeno ribeirão, o pequenino papel minuciosam...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tributo à Affonso Machiavelli e Dina Machiavelli



Um dia um homem guerreiro deixou para trás sua pátria amada e seus costumes, já que esta estava em guerra, em busca de construir uma história diferente, de um trabalho digno, de fato construir ...no sentido amplo da palavra. Deixou lá a sua alma, mas trouxe consigo um coração cheio de  amor, valentia e audácia. Aqui, no Brasil, neste vasto terreno, soube aproveitar com maestria os frutos que esta terra pode produzir. Este homem fez família, criou 13 filhos, mudou o curso da própria sorte, ergueu importantes prédios, fez um nome a zelar, honrou o próprio nome e de sua descendência.

Aqui, algumas fotos da cidade de origem deste homem, gentilmente cedidas pelo primo Junior, que lá esteve e pode sentir a maravilha da força que esse homem carregava dentro de si, da sensibilidade de como que via o mundo e suas particularidades: o tempo, os espaços, os lugares e as flores...ah...as flores! Que encantam a cidade, que dão um colorido especial em todos os lugares da terra natal. Lembro-me fielmente como minha avó, Geraldina Machiavelli, amava as flores. Podíamos pedir mil vezes uma rosa, que ela reproduzia perfeitamente no papel. Ela amava as rosas, assim como o pai dela, meu bisavô, que acabo de descobrir que veio de um lugar recheado delas, Loiano/ Itália.

Hoje, no dia das crianças, dedico este texto a todos os Machiavelli, inclusive o meu filho e especialmente a Geraldina Machiavelli, minha querida avó e Affonso Machiavelli, meu bisavô. Todos carregam nos genes a inteligência, determinação e garra e todos conseguem transferir para a vida, a beleza de ser o que são e a esparramar para o mundo, a pureza e o amor, como as flores dos jardins.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

ENSAIOS DA MATERNIDADE

1 DIA

Eterna gratidão
Pois com você, formei uma vida
Que estará conosco por toda a nossa existência
Lembrando-nos sempre do nosso dia apaixonado e em evidencia
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7 DIAS

Descobri que você pode fazer beicinho
E me observar de um jeito bem docinho
Descobri que sentir saudade é bem “facilzinho”
E que te amar deixa sempre um gostinho...de quero mais!
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10 DIAS

Que medo
Estou trem    n    ooooo
                  e     d
Será que houve um gemido?
Olha, água no ouvido!
Desafios gigantes...
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15 DIAS

Mãezinha do céu
Eu não sei rezar
Eu só sei dizer
Que quero te amar

Eduardo do céu
Eu só sei cantar
Não vivo sem você
Para sempre vou exclamar

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37 DIAS

Prefiro pular
Esta parte não faço questão de lembrar
Como um vento forte que derruba o mais sólido edifício, como o fogo que alastra nas maiores paisagens, como um pesadelo que insiste em ficar, como uma dor no  peito a perturbar, como um nó na garganta a sufocar, como um espaço completamente encoberto de incertezas, como um constante arrepio na nunca e na cabeça, como um cego que busca incessantemente ver, como surdo que busca o falar...foi assim que experimentei a sensação de não poder mais oferecer o meu amor. Ainda bem que passou!


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43 DIAS


Em alta
Você sorriu
Eu também
- Eu acho quer você não quer mais!?
Meu mundo floriu
Te aperto, te namoro
Você é todo meu
Está ficando forte
Você tão pequeno já derrubou a morte
Ainda bem que daqueles dias, você já esqueceu.





domingo, 9 de outubro de 2011

Redescobrir

Abriu a porta
pôs o corpo para fora
sentiu o vento "soprar" os cabelos
Olhou vagarosamente o céu, reparou no tempo
Respirou fundo...só naquele momento
Apressou os passos para a caminhada
Encorajou obervar as lilíadas ornamentadas no canteiro
Aos poucos retomaria o desejo
Fitou o casal abraçado, enamorado
Enalteceu o capim verdeado no oitero
Apreciou a cantinela das herundíneas
despejou-se do seu maior êmulo
Esvaiu de toda angústia e medo
Desistiu de cumprir o que até então era um segredo
E como no despertar de um sono profundo
Notou-se viva e importante para o mundo
Pelo menos para o seu mundo...particular.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Espelho

Esta poesia é para todas as pessoas que quando criança, desejaram ser como os verdadeiros heróis: os pais! Que brincavam de calçar os sapatos das mães ou acender os charutos do pai. Como é linda a infância!


Arrumar o cabelo
Franzir a testa
Olhar curioso
Apertar os lábios
Derrepente...sorrir
Segurar a cintura com as mãos
Rodopiar
Virar para a direita
E para a esquerda também
Segurar a respiração
Calçar um pé
Trocar no outro, de novo
Expressar um desejo
Experimentar emoções
Reviver sentimentos
Eis os reflexos do meu espelho.



Beijos, até o próximo post.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Luz, falta de.

                                                         Fogo...fogueira...fagaréu...
                                                                vela...lamparina...lampião...
                                                                      farol...lampada...lanterna...
                                                                                  luar....
                                                                                  sol e estrelas
Por mais que iluminam
Não vejo luz para o meu caminho
Não consigo sair da escuridão!

domingo, 2 de outubro de 2011

Descobertas

“Agora eu tenho que desapegar de todas as amarras do passado
E entender que o amanhã é próspero
Abandonar as coisas fúteis e idolatráveis
Mas não esquecer de rir a toa e de mim mesmo
Saber que há muita fortaleza em mim
Mesmo sabendo que às vezes não dará para segurar o choro
Sentir espelho em todas as ocasiões
E lembrar-se que os reflexos estarão à prova a todo o momento
“Pisar em ovos”
E derrepente, saborear a “gemada”...
Época de crescimento e progressão espiritual
Sabedoria para discernir que dinheiro é necessário, mas não fundamental
Buscar incessantemente conhecimentos e novas culturas
Não esquecendo a fé em Deus e ao próximo
Aos mais próximos ainda, amar, amar e amar
E não exigir condição alguma
Simplesmente enlaçar
Porque nova vida está chegando
E vida nova tem que surgir
E vida nova há de fluir
Alegremente e fortemente
Para essa nova vida sempre florir

sábado, 1 de outubro de 2011

Amor perfeito

Finalmente o primeiro olhar aconteceu, pode enfim, notar fixamente aquele sentimento. A impressão de tudo era “maravilhado”, abasteceu aquele coração ansiado. Sentiu o doce cheiro, após caricias que envolveram aquele rosto tão perfeito. Depois de tudo isso eram somente trocas, experiências novas, gestos fotografados pela memória, ingredientes que compõe uma nova estória. Quando pode notar se importante, enalteceu e vibrou com cada instante. O sorrir começou fazer parte dos ritmos diários e as incertezas que um dia ali se instalaram, foram encorajadas.
Era efetivamente uma mãe.
Era efetivamente um novo ser.
Era efetivamente um amor perfeito


Sobre escrever

Vou caminhando a passos lentos, porem profundos. Esta profundidade me permite ter a segurança de não resvalar, não incorrer, não tropeçar, não colocar meus pés a prova.
Cada passo é aprendizado. Cada passo é recomeço. Cada passo é desejo. De nunca chegar ao fim. De não encontrar a ponta. Conhecimento é inesgotável, tem que ser permanente. Todo dia um novo saber, outro sabor. Porque senão a vida perde o apreço. Perde a coragem. Submerge a criatividade. Desentoam tons perfeitos.
O rumo certo somos nós mesmos quem decidimos. Mesmo que o meu certo seja errado para outro, este sim tem que vir como se felicidade fosse concreta e rosto: de extrema beleza.